Prêmio Oceanos 2024 recebe inscrições de 28 países diferentes

O Prêmio Oceanos 2024 encerrou o período de inscrições com números que atestam sua vocação internacional. Ao todo, foram inscritos 2619 livros de autores residentes em 28 países – 1204 são poesias, 836 são romances, 389 são contos, 156 são crônicas e 34 são dramaturgias. Eles foram publicados por 459 editoras de seis países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Itália, Moçambique e Portugal.

Participam da premiação escritores de 15 nacionalidades: Angola, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Espanha, Guiné-Bissau, Índia, Itália, Moçambique, Palestina, Portugal, São Tomé e Príncipe e Uruguai. Representando um aumento de 25% em relação ao ano passado.

Conheça os livros inscritos de poesia

Conheça os livros inscritos de prosa

Conheça o Júri Inicial que avaliou os livros inscritos

 

1ª etapa: 60 semifinalistas, 37 editoras, 4 nacionalidades

Nessa 1ª etapa, dois júris especializados, um de prosa e outro de poesia, formados por profissionais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal, trabalharam por mais de quatro meses para avaliar as obras inscritas e eleger os 30 primeiros classificados de poesia e os 30 de prosa. A especialização do júri permite uma análise mais qualificada, pois contempla a especificidade dos diferentes gêneros literários.

As autoras e autores semifinalistas são de quatro diferentes nacionalidades: Brasil, Portugal, Moçambique e Cabo Verde. Tanto o júri quanto o resultado da primeira etapa vêm ao encontro dos princípios de valorização da língua portuguesa postulados pelo Prêmio.

Chama a atenção a quantidade e a diversidade de editoras: as 60 obras semifinalistas foram publicadas por 37 casas editoriais distintas, dos grandes grupos às independentes, de diferentes perfis e nacionalidades.

Conheça os semifinalistas de Prosa e Poesia

 

Diversidade

O perfil dos 60 autores semifinalistas é bem diversificado, composto por escritoras e escritores tanto veteranos, com dezenas de obras publicadas, quanto estreantes.

Na categoria prosa, foram eleitos 19 romances, 7 livros de contos, 2 de crônicas e 2 dramaturgias. Parte dessa produção atualiza o passado, em narrativas de ambientação histórica que percorrem do século XVI ao século XX, enquanto outra parte dialoga com o presente de um mundo em crise, flagrando a morte, as várias formas de violência, intolerância, fundamentalismo e discriminação, sem deixar de lado a sensibilidade, a fantasia e a liberdade.

 

Quando se considera a poesia, pode-se falar ainda de uma outra diversidade, relativa aos estilos, que contemplam desde a ressignificação formas tradicionais, como o soneto, até a mescla de gêneros, com poemas em prosa e versos de dicção prosaica. Temas tanto atemporais quanto contemporâneos, como as guerras, as faces da resistência, a pandemia, as trincheiras das identidades e o fazer poético como ficção, estão presentes nos 30 livros semifinalistas brasileiros e estrangeiros na categoria Poesia.

 

Próximos passos

Após o anúncio dos semifinalistas, o júri intermediário, eleito pelo júri anterior, seleciona os finalistas nas duas categorias, prosa e poesia, que serão anunciados em outubro. Na prosa, o júri intermediário é composto pelos brasileiros Carola Saavedra e Cristóvão Tezza; os portugueses António Araujo e Simão Valente; e pela moçambicana Teresa Manjate. Na poesia, pelos brasileiros Ademir Assunção e Luiza Romão; pelos portugueses Helena Buescu e Hugo Pinto Santos; e pela moçambicana Teresa Noronha.

 

Por fim, na terceira etapa, o júri final elege os dois vencedores – um de poesia e outro de prosa, anunciados em dezembro em cerimônia realizada no Itaú Cultural. A premiação é de 300 mil reais, 150 mil para cada um dos ganhadores.

 

Curadoria

A curadoria do Oceanos é formada por Matilde Santos, presidente do Conselho Diretivo da Biblioteca Nacional de Cabo Verde; João Fenhane, Diretor da Biblioteca Nacional de Moçambique, e pelos jornalistas Isabel Lucas, de Portugal, e Manuel da Costa Pinto, do Brasil. Conta com a coordenação da gestora cultural luso-brasileira Selma Caetano.